PSICOSE PÓS-PARTO

O QUE É

A Psicose Pós-Parto (também conhecida como psicose puerperal) é o estágio mais grave da Depressão Pós-Parto [ver neste site], começa em torno da primeira semana após o parto, importa gravidade e requer intervenção psiquiátrica, com afastamento imediato do recém-nascido (da mãe). É uma emergência rara e perigosa; os sintomas variam e podem se alterar muito rapidamente, antes que se possa evitar o pior: o infanticídio, o suicídio, ou ambos. Causas e prevenções são difíceis de se precisar, considerando a dificuldade de se estabelecer investigação profunda, de se ter indícios e observação durante a gravidez; existem diversas hipóteses que envolvem mudanças hormonais, distúrbios do sono, mudanças imunológicas, fatores genéticos etc. Podemos afirmar que o maior risco de desenvolvimento da doença recai sobre mulheres que tenham sido hospitalizadas após o parto por condição psiquiátrica, principalmente, envolvendo o Transtorno Bipolar [ver neste site], mas também há casos em que surge inesperadamente. É possível que a mulher, em estado psicótico, não reconheça o recém-nascido como seu bebê ou um bebê e viva a sensação de enlouquecimento, com percepções sensoriais ampliadas e exageradas, sugerindo incapacidade de gerir a própria vida. Essa situação pode durar até 3 anos e, por isso, é necessária observação para os casos dela se enquadrar em uma ou mais das três situações, por ordem crescente de gravidade: ter tido várias tentativas malsucedidas de engravidar, Depressão Pós-Parto e, principalmente, histórico de surto psicótico.

COMO IDENTIFICAR

A Psicose Pós-Parto se manifesta através de: 1 – ruptura severa com a realidade; 2 – mudança significativa de humor e comportamento, chegando a provocar despersonalização, confusão mental com desconexão da mãe com as pessoas e com o bebê; 3 – manias (que a pessoa normalmente não tem); 4 – depressão; 5 – perda de inibição (inibições que a pessoa normalmente tem); 6 – alterações no sono; 7 – pensamento confuso e compulsivo; 8 – alucinações (visuais, auditivas, olfativas… com manifestação de surpresa); 9 – delírios; 10 – paranoias; 11 – vontade de abandonar, machucar e/ou matar o bebê e, também, a si mesma.

 

MINHA RECOMENDAÇÃO

Imediata intervenção psiquiátrica para avaliar a necessidade de hospitalização, de eletroconvulsar, além de medicar apropriadamente. Importante ressaltar que a eletroconvulsoterapia consiste em promover leves convulsões através da administração de descargas elétricas no cérebro da pessoa devidamente anestesiada, claro, que não se amarra a pessoa numa cadeira para lhe dar choques como se fosse uma leve eletrocussão. Quem teve Psicose Pós-Parto tem mais chance de desenvolver a doença numa gravidez seguinte e, por isso, recomendo avaliar bastante a opção de ter um outro filho.

 

PARA QUE FAZER TRATAMENTO DA PSICOSE PÓS-PARTO

Para a pessoa poder viver e criar seu bebê normalmente.

 

QUANTO TEMPO DURA E QUANDO TERMINA O LIVRAMENTO DESSA DOENÇA

Costuma durar alguns meses, embora o acompanhamento deva ocorrer por alguns anos.

 

O QUE É ESTRUTURAL E INEVITÁVEL NO LIVRAMENTO DESSA DOENÇA 

Além da alta hospitalar psiquiátrica, ter o acompanhamento do psiquiatra e do psicólogo.

 

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